Segundo a teoria comumente aceita, a crosta continental se formou quando as placas tectônicas primitivas colidiram. Essas colisões levaram a que outro tipo de crosta, as oceânicas, fossem criadas a partir de material mantélico, que fundiu parcialmente a uma profundidade de cerca de 100 quilômetros. Essa rocha fundida mais tarde chegou à superfície da Terra e formou os primeiros continentes propriamente ditos.
Uma nova pesquisa aponta agora para uma outra origem.
Usando computadores, Nagel e Elis Thorsten Hoffmann, da Universidade de Bonn, e Carsten Münker Instituto de Geologia e Mineralogia da Universidade de Colônia (ambas instituições na Alemanha), analisaram mais profundamente a composição dos corpos rochosos que foram parcialmente fundidos a partir da crosta oceânica, simulando-os a diferentes profundidades e temperaturas.
Thorsten Nagel y J. Elis Hoffmann. (Foto: Volker Lannert/Uni Bonn) |
Os pesquisadores então compararam os dados calculados a partir do experimento com os obtidos a partir da análise dos elementos das rochas continentais mais antigas da Terra.
Os resultados forneceram uma história muito diferente em comparação com a aceita até hoje: A crosta oceânica não teve que descer a uma profundidade de 100 quilômetros para criar o material parcialmente fundido que formou os primeiros continentes. De acordo com novos cálculos, é mais provável uma profundidade de 30 a 40 quilômetros, que envolve essencialmente uma permanência na crosta, sem o "reprocessamento" em profundidades mantélicas.
A partir dos resultados do novo estudo, pode-se dizer, portanto, que os primeiros continentes "emanava" da crosta oceânica primitiva. As condições especiais que então prevaleciam na Terra tornou isso possível. Por quatro bilhões de anos, a Terra foi esfriando após o seu agitado processo de formação e de outros eventos, desta forma essas condições especiais incluiam que a Terra era muito mais quente do que é hoje. Esta alta temperatura teria permitido que os continentes surgirssem diretamente, enquanto outros processos geológicos ocorriam, como vulcanismos, formação de montanhas, e a entrada de água no processo.
Os autores do novo estudo acreditam que é improvável que os primeiros continentes foram formados a partir de zonas de subducção em uma época tão remota.
Adaptado de: Noticias de la Ciencia y la Tecnología
0 comentários:
Postar um comentário